A confusão e a mistura das expressões é constante, mesmo entre entusiastas conhecedores. No entanto, é importante ter presente a diferença entre estes dois conceitos.
O termo “clássico” não é despropositado para qualificar um automóvel, contudo é um conceito bastante vago e muito abrangente. Um clássico não é, necessariamente um automóvel antigo. A própria definição “clássico”, entende algo que é marcante, historicamente relevante, carismático. É, portanto, aplicável a modelos modernos como um Porsche 996 GT3 RS, um Honda Integra Type R ou um Alfa Romeo 4C, cuja importância histórica é já inegável, mesmo que ainda sejam recentes.
Já um automóvel histórico, segundo a FIVA – Federação Internacional dos Veículos Antigos, é definido por critérios objetivos, desde logo, a idade, superior a 30 anos. Depois a condição em que se apresenta, nomeadamente:
Classe 1
Autênticos, ou seja, tal como foram produzidos, com sinais do tempo mas com o máximo possível de componentes originais à excepção das peças de desgaste.
Classe 2
Originais, ou seja, nunca restaurados. Que independentemente de alguma degradação, não tenham sido mexidos à excepção de pintura, acabamentos exteriores ou estofos que possam ter sido refeitos. Todos os componentes originais substituídos por similares da mesma época.
Classe 3
Veículos Restaurados, ou seja, que tenham sido alvo de intervenções profundas (desmontados e montados), eventualmente com componentes e acabamentos modernos que reproduzam os originais, mas sempre com o máximo de fidelidade possível.
Classe 4
Refere-se a veículo Reconstruídos, que na sua recuperação tenham recebido componentes de veículos similares ou novos, de acordo com as especificações da época. São exemplo disso os blocos de motor ou as carroçarias.
Os veículos que cumpram um destes critérios, são passíveis de certificação como Veículos de Interesse Histórico, pelas entidades competentes.