O CPAA pretende apoiar aqueles que hoje preservam com especial carinho automóveis que ainda não completaram 30 anos desde a data da primeira matrícula, mas que já ultrapassaram os 25. Para tal, permite o acesso a seguros mas acessíveis a estes proprietários.
Para isso, basta ser Sócio Efeivo do CPAA (ou como Sócio Auxiliar por apenas 20€ ano), estando isento do pagamento de jóia (125€) e inscrever o automóvel no Clube, associado ao seu nome (sem custos adicionais), ao longo do ano de 2021.
Com isto, aufere duas vantagens: o Seguro CPAA a 60€/ano desde já e, a partir da data em que a viatura completar 30 anos, receberá um desconto de 20% na Homologação de Veículo de Interesse Histórico.
Um dos modelos que se enquadram nesse intervalo de idades é o Renault Twingo.
O lançamento do Renault Twingo original, em 1992, criou quase um choque nos adeptos da marca. Nunca antes se havia visto um automóvel assim. Há quem o considere horrível, há quem o considere adorável. O certo é que ninguém fica indiferente a este modelo irreverente e urbano que parece sorris constantemente.
Quando o Twingo foi desenhado, o responsável de design da Renault era o incortornável Patrick le Quément, autor de alguns dos modelos mais irreverentes da marca como o Avantime e Vel Satis.
Le Quément tinha perfeita consciência do risco que representava o lançamento de um modelo como o Twingo mas, tanto ele como a administração da marca consideraram que seria mais perigoso não arriscar, pois fazia falta à marca um modelo verdadeiramente marcante e com personalidade, como haviam sido os Renault 4, 5 e 16. Tratava-se de um passo importante para restabelecer a imagem da Renault como uma marca inovadora.
A história do Twingo tem ligações ao protótipo polaco da FSM, o Beskid. A FSM criou vários pequenos veículos inovadores, entre os quais o modelo que viria a inspirar o Fiat Cinquecento, após a sua absorção pelo grupo Fiat.
O caso do Beskid é diferente, pois além do desenho não ter sido utilizado, a FSM deixou cair as patentes que protegiam o design, o que abriu caminho a outros construtores.
Originalmente, a Renault colaborou com a PSA num projecto chamado “Mono-Box”, com o patrocínio do Governo francês, para a criação de um citadino em formato monovolume. Desse projecto conjunto, que decorreu entre 1981 e 1984, resultou um “concept” que, caso passasse à produção, seria o Citroën AX. Contudo, a PSA submeteu a o protótipo à apreciação de um “focus group” cujo parecer foi bastante negativo. Assim, a PSA deixou a ideia na gaveta e a Renault arriscou ir contra os estudos de mercado. O tremendo sucesso e notoriedade do Twingo, provaram que as melhores decisões, são por vezes as mais arrojadas.
O Twingo seria produzido em França, na Colombia e no Uruguai e sofreu três “restylings” em 1998, 2000 e 2004. A produção terminou em 2007. Além dos modelos originais em cores primárias, são as derradeiras versões Initiale, com bancos em pele, ar-condicionado e outros extras, aquelas que têm mais procura.
As características mais especiais são a modularidade do espaço interior, com o banco traseiro deslizante, a grande superfície vidrada, o painel de instrumentos digital ao centro do tablier e o habitáculo muito colorido.
O Twingo foi sempre motor 1.2 de quatro cilindros no nosso país (um 1.0 foi vendido em alguns mercados). Primeiramente o velho Cléon-Fonte (nascido com o Dauphine) e, no final, o Energy 1,2 de 16V.