O CPAA pretende apoiar aqueles que hoje preservam com especial carinho automóveis que ainda não completaram 30 anos desde a data da primeira matrícula, mas que já ultrapassaram os 25. Para tal, permite o acesso a seguros mas acessíveis a estes proprietários.
Para isso, basta ser Sócio Efeivo do CPAA (ou como Sócio Auxiliar por apenas 20€ ano), estando isento do pagamento de jóia (125€) e inscrever o automóvel no Clube, associado ao seu nome (sem custos adicionais), ao longo do ano de 2021.
Com isto, aufere duas vantagens: o Seguro CPAA a 60€/ano desde já e, a partir da data em que a viatura completar 30 anos, receberá um desconto de 10% na Homologação de Veículo de Interesse Histórico.
Um dos veículos elegíveis é o Lotus Elise, cujas primeiras unidades completam em 2021 os 25 anos.
Ao cabo de décadas a produzir modelos minimalistas e radicais, no final dos anos 80 a Lotus parecia perdida, sem mercado e em dificuldades financeiras. O facto de estar debaixo da alçada de um grande grupo (GM) não ajudava a que pudesse ser fiel aos seus princípios.
É nessa altura que a Lotus passa a ser detida por Romano Artioli, então proprietário da Bugatti. Artioli era, antes de mais, um apaixonado por automóveis e só depois um homem de negócios. Isso permitiu-lhe dar liberdade criativa a um pequeno grupo de engenheiros de Hethel para definir o rumo da Lotus através do seu próximo carro.
Com o nome de código M111, o projecto liderado por Tony Shute tinha como meta uma espécie de Seven modernizado, com motor em posição dianteira, sem portas e com recurso ao alumínio extrudido, para manter o peso abaixo dos 600kg. Assim que o protótipo começou a ser mostrado aos concessionários, tornou-se evidente a necessidade de tornar o modelo menos radical, através da adopção de portas.
Na mesma altura, a equipa optar por montar o motor em posição transversal central. A ideia era facilitar a utilização de um motor oriundo de qualquer modelo de transmissão dianteira. A escolha acabou por recair na Rover, que tinha uma parceria com a Lotus para realizar experiências com a tecnologia de alumínio extrudido. A decisão ficou mais fácil por haver uma versão do motor série K já adaptada para a montagem em posição central, criada para o MGF. Os 118cv seriam suficientes se fosse possível manter o peso bastante baixo.
O chassis desenhado por Richard Rackham seria produzido pela empresa dinamarquesa Hydro Aluminium, com um incrível peso total de 68kg. Para unir os diversos componentes, foi usada uma cola à base de resina epoxy, uma solução que fez franzir alguns sobrolhos. A verdade é que os primeiros testes revelaram uma rigidez estrutural extraordinária, que seria determinante para a experiência de condução.
Sempre fiel aos mesmos princípios técnicos, o modelo perdurou até 2021 com suaves evoluções. Deverá dar lugar a um modelo totalmente novo, já este ano.