O ano de 2021 foi dominado pela pandemia que tem assolado o mundo há já dois anos. Uma triste consequência foi o facto de, uma vez mais, a família FIVA, não ter podido reunir-se como era habitual. As reuniões presenciais, não só são muito mais agradáveis, como também ofereciam mais oportunidades para um diálogo real e uma análise mais profunda dos problemas que enfrentamos dentro do movimento dos veículos históricos. E eles são muitos – muitos motivos de preocupação para os incontáveis entusiastas, como é exemplo a “exclusão” dos automóveis com motores de combustão interna.
No passado ano, fizemos progressos relevantes numa quantidade de temas. Recordamos, por exemplo, o Estudo de caracterização Sócio-Económica e a digitalização dos FIVA Cards. Mas todos temos de fazer muito mais para obter um reconhecimento mais alargado e a protecção que merecemos enquanto sector distinto na área do lazer e cultura. A mensagem para políticos e legisladores, em todo o mundo, deverá ser: dêem aos veículos históricos o espaço que é necessário, em políticas e regulamentações, de forma a permitirem-nos a passagem destes às futuras gerações enquanto “museu rolante”. Tem tudo a ver com uma “preservação viva”, o que requer que os entusiastas passem a paixão aos seus filhos e netos, mas também que os negócios do nosso sector tenham a oportunidade de se desenvolver e prosperar.
Temos de prosseguir este trabalho com toda a energia que temos, porque somos a única autoridade global nos automóveis, motociclos e veículos de trabalho históricos.
Agradecemos, desde já, aos clubes associados, bem como aos membros profissionais.
Todos os que seguiram a nossa Assembleia Geral em modo digitial, saberão que no futuro estaremos empenhados em fortalecer o nosso poder de influência, em reforçar a nossa ligação à juventude e em provar a importância da nossa paixão como uma importante parte da nossa cultura e da economia. Iremos, literalmente, levar a nossa paixão para as estradas, porque o interesse público nos automóveis históricos é várias vezes maior do que o total de entusiastas proprietários que representámos.
Mesmo nestes tempos difíceis, não faltam oportunidades para sair à rua com os nossos automóveis ou motos antigos. Pensem nos pequenos passeios de âmbito regional, com um pequeno número de veículos, que tantas vezes podem abrir portas a novos encontros e descobertas.
Assim, o meu lema para 2022 é, como nós, holandeses, dizemos, “Fazer metros”, mas não só nas estradas. Porque fazer metros também significa fazer progressos, em áreas como o lobbying e a juventude, ajudando a conquistar uma maior compreensão e apoio para esta nossa singular paixão. Uma paixão que existe desde o nascimento dos veículos motorizados e que ainda tem muito para oferecer nos tempos futuros.
Medir é saber. Definam objectivos claros para 2022 e deixem a FIVA e restantes membros, de tempos em tempos, conhecer os vossos progressos.
Antes de mais, os melhores desejos para o Novo Ano: protejam a vossa saúde e mantenham-se activos, sobre rodas, seguramente!
Tiddo Bresters
Presidente da FIVA