No final dos anos 80, não faltava modelos de motos muito potentes e rápidas. No entanto, eram motos pesadas, desenhadas para atingir velocidades de ponta elevadas, mas que nas estradas sinuosas não tinham qualquer hipótese de acompanhar uma desportiva de 600cc.

Com a tecnologia a permitir motores cada vez mais potentes e melhor travagem, o que faltava era a agilidade.

Neste contexto, surgiu alguém na Honda capaz de mudar o rumo dos acontecimentos e criar um modelo que influenciou todos os construtores.

Tadao Baba trabalhou primeiro na montagem de motores, depois tornou-se piloto de testes da marca e, graças à sua capacidade de análise e identificação de potenciais melhorias, foi parar ao departamento de Investigação e desenvolvimento. Daí, chegou a líder deste projecto.

O objectivo era precisamente o de criar uma “superbike”, mais potente e rápida que uma 600cc, mas com níveis de agilidade semelhantes. Para tal foi ponderada a hipótese de criar uma 750cc muito leve.

Contudo, a equipa rapidamente conclui que poderia aumentar o curso do cilindro e estivar a cilindrada até aos 893cc sem afectar o peso e beneficiando os baixos e médios regimes.

A CBR 900 RR era dois quilos mais pesada (185kg) que uma CBR 600 e debitava 123cv. Com uma agilidade fora do comum e acelerações notáveis, a “Fireblade” foi recebida com imensos elogios pela imprensa.

A CBR 900 RR foi recebendo evoluções e tardou até que outros construtores elevassem a fasquia da relação peso/potência. A primeira resposta forte seria a Yamaha R1, com 150cv para apenas 177kg, apenas em 1998.

Ao completar 30 anos, os primeiros exemplares da Honda CBR 900RR podem agora beneficiar da Certificação de Interesse Histórico pelo CPAA e respectivas vantagens.